Õ Blésq Blom é o quinto álbum de estúdio dos Titãs, lançado em 16 de Outubro de 89 pela WEA.
Considerado, pelas palavras do jornalista musical José Augusto Lemos, editor-chefe da revista Bizz na época, como "o vinil mais bem produzido que este país já viu", Õ Blésq Blom marcou nova aventura na sonoridade dos Titãs ao final da década de 80.
Deixando de lado o aspecto "sujo" do som que tinham ganhado três anos antes e resgatando sonoridades que remetem ao Tropicalismo, à World music e ao pop eletrônico, teve excelente repercussão dentro da crítica e boa aceitação por parte de público: até o fim de 1990, foram 220 mil cópias vendidas com o disco, graças a canções como "Flores", "O Pulso" e "Miséria".
Para dar um bom toque de brasilidade, o grupo contou com a ilustre presença de uma dupla de repentes pernambucanos, Mauro (ex-estivador e auto-intitulado "O Rei do Rock") e sua esposa Quitéria, que cantavam com um poliglotismo curioso: misturavam palavras em inglês, italiano, grego, russo e japonês. São deles a introdução e a vinheta que fecham o disco. Aliás, o nome estranho do álbum é criação de Mauro, e o significado sugere "os primeiros homens que andaram sobre a terra".
Boa parte do disco se esmerou em programações eletrônicas e teclados ("Miséria", "O Pulso" e "Deus e o Diabo", como exemplos - esta última não veio a agradar Marcelo e Tony, pela falta de ênfase nas guitarras), mas veio a contar também com o pop rock tradicional ("Flores", "Palavras"), rock pesado ("Medo") e sonoridade puxada para o country ("32 Dentes").
Õ Blésq Blom (1989)
01. Introdução por Mauro e Quitéria
02. Miséria
03. Racio Símio
04. O Camelo e o Dromedário
05. Palavras
06. Medo
07. Natureza Morta
08. Flores
09. O Pulso
10. 32 Dentes
11. Faculdade
12. Deus e o Diabo
13. Vinheta Final por Mauro e Quitéria
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